sábado, 11 de setembro de 2010

PIGMENTAÇÃO CELULAR
             O acúmulo anormal de pigmentos ou a sua diminuição também são indicativos de que a célula sofreu agressões. Uma pigmentação anormal é mais um sinal de perda da homeostase e da morfostase celular, portanto, é patológica. A pigmentação patológica pode ser exógena, cujos pigmentos são de origem externa ao organismo, ou endógena, formada a partir de pigmentos naturais do corpo.

  Pigmentação exógena:


- ANTRACOSE: pigmentação por sais de carbono. Comum sua passagem pelas vias aéreas, chegando aos alvéolos pulmonares e ao linfonodos regionais por intermédio da fagocitose do pigmento. A antracose em si não gera grandes problemas, mas sua evolução pode originar disfunções pulmonares graves, principalmente em profissionais que constantemente entram em contato com a poeira de carvão. Cor: varia do amarelo-escuro ao negro.
- SIDEROSE: pigmentação por óxido de ferro. Cor: ferrugem.
- ARGIRIA: pigmentação por sais de prata. Geralmente é oriunda por contaminação sistêmica por medicação, manifestando-se principalmente na pele e na mucosa bucal. Cor: acinzentada a azul-escuro e enegrecida se a prata sofrer redução.
- BISMUTO: Atualmente é rara de ser vista, sendo comum na terapia para sífilis. Cor: enegrecida.
- SATURNISMO: contaminação por sais de chumbo. Cor: azulada ou negra, dependendo da profundidade do tecido onde se encontra. Na gengiva, a contaminação por sais de chumbo ou bismuto produz uma coloração negra denominada de LINHA DE BURTON.


              É importante lembrar que a patologia das pigmentações centra-se no fato de que estão presentes não somente cores diferentes no local, mas também, e principalmente, substâncias estranhas aos tecidos, provocando as chamadas reações inflamatórias. Os agentes pigmentadores exógenos, assim, constituem, antes de mais nada, fatores de agressão, ao contrário dos agentes pigmentadores endógenos, naturais no organismo, cuja presença indica que o tecido está sofrendo algum tipo de agressão não necessariamente provocado pelo pigmento.


  Pigmentação endógena:


             A pigmentação endógena pode ser dividida em dois grupos: grupo dos pigmentos hemáticos ou hemoglobinógenos, oriundos da lise da hemoglobina, e grupo dos pigmentos melânicos, originados da melanina.


 PIGMENTOS HEMÁTICOS OU HEMOGLOBINÓGENOS


            Esses pigmentos se originam da hemoglobina, proteína composta por quatro cadeias polipeptídicas e quatro grupos heme com ferro no estado ferroso (Fe++). Sua porção protéica é chamada de globina, consistindo de duas cadeias alfa e duas beta (as cadeias alfa têm forma helicoidal). A lise dessa estrutura origina os pigmentos denominados de hemossiderina e bilirrubina. Hemossiderina: resultado da polimerização do grupo heme da hemoglobina, a hemossiderina é uma espécie de armazenagem do íon ferro cristalizado. Este se acumula nas células, principalmente do retículo endotelial. É originada da lise de hemácias, de dieta rica em ferro ou da hemocromatose idiopática (alteração da concentração da hemoglobina nos eritrócitos).Sua cor é amarelo-acastanhado.
- PORFIRINAS: pigmento originado semelhantemente à hemossiderina, sendo encontrado mais na urina em pequena quantidade. Quando há grande produção deste, pode ocasionar doenças denominadas de "porfirias".
- BILIRRUBINA: é o produto da lise do anel pirrólico, sem a presença de ferro. Conjugada ao ácido glucurônico pelo hepatócito, a bilirrubina torna-se mais difusível, não se concentrando nas células que fagocitam hemáceas, o que provoca um aumento generalizado desse pigmento, denominado de icterícia. Tem sua origem nos casos de lise hemática, de doença hepatocítica ou de obstrução das vias biliares. Acredita-se, hoje, que a bilirrubina seja originada da hematoidina, pigmento que se cristaliza próximo às hemácias rompidas.
- HEMATOIDINA: pigmento de coloração mais amarelada que a hemossiderina, apresentando granulação sob a forma de cristais bem nítidos. Também não possui ferro, semelhantemente à bilirrubina. Forma-se em locais com pouco oxigênio.
              Esses pigmentos são naturalmente encontrados no organismo. Heterotopias ou heterometrias envolvidas com a produção deles, entretanto, indicam que há alguma alteração no metabolismo das hemácias ou dos hepatócitos, respectivamente para a hemossiderina e bilirrubina.


 PIGMENTOS MELÂNICOS
             Produzida por melanoblastos, a melanina tem cor castanho-enegrecida, sendo responsável pela coloração das mucosas, pele, globo ocular, retina, neurônios etc. O processo de síntese da melanina é controlado por hormônios, principalmente da hipófise e da supra-renal, e pelos hormônios sexuais. Casos de alterações nessas glândulas podem acarretar em aumentos generalizados da melanina. Exposições aos raios ultra-violeta também provocam esses efeitos.Os aumentos localizados da melanina podem se manifestar sob as seguintes formas:
Nevus celulares: localização heterotópica dos melanoblastos (camada basal da epiderme).Os nevus podem ser planos (ditos juncionais) ou elevados (dérmicos ou intradérmicos). Melanomas: manchas escuras, de natureza cancerosa. Há o aumento da quantidade de melanócitos, os quais encontram-se totalmente alterados, originando esse tumor maligno. Em geral, os melanomas são destituídos de pigmentação melânica devido à natureza pouco diferenciada do melanócito.
Efélides ou Sardas: hiperpigmentação na membrana basal causada por melanoblastos.
Mancha mongólica: mancha clara, principalmente na região do dorso e sacral.

  Como diminuição localizada da pigmentação melânica tem-se:


Vitiligo: comum nas mãos; causada pela diminuição da quantidade de melanócitos produtores de pigmento na epiderme, manifestando-se clinicamente como manchas apigmentadas.
Albinismo: forma recessiva e autossômica; localizada principalmente na região do crânio; os melanócitos encontram-se em número normal, mas não produzem pigmento.


            A tatuagem é uma forma de pigmentação... onde os nosso organismo não consegue absorver, trabalho que é feito pelos macrofagos, então o pigmento localizado no nosso corpo não sairá de forma natural.

Bons Estudos!

sábado, 4 de setembro de 2010

Calcificação.

              Os problemas comuns de coluna, geralmente são corrigíveis, e causados por má postura ou por genética, ou com causas idiopáticas, mas quando se tornam graves e geram calcificações, podem ter origem metabólica.
              Ocorreu um caso no ES em 1998, e estudos de patologias mostraram que muitas pessoas possuem problemas de glândulas e hormonais e não sabem. Quando atentam para o problema, já estão em fase de cirurgias ou de calcificações que limitam seus movimentos, até ficarem em cadeiras de rodas.
Geralmente ocorrem em pessoas com problemas de. Hiperparatiroidismo familiar ou de hiper - tiroidismo, onde ocorre a fixação do cálcio circulante do sangue, nos ossos, sem que as células modeladoras dos ossos, “osteoclastos” consigam agir e controlar essa atividade. Com o tempo, ocorre a calcificação sistêmica, generalizada, não só de articulações como também de vasos e artérias, levando o indivíduo á morte.
              Um simples exame de sangue e a visita a um endócrino, podem evitar transtornos da calcificação. A Fisioterapia pode auxiliar nesses casos quando a calcificação começa a limitar os movimentos da marcha, por exemplo.

Exames que podem auxiliar no diagnóstico da doença:

· Exame de Achados Sanguíneos
· Densitometria óssea,
· Radiografias,
· Ecografias

               Para se curar das calcificações, se trata o hipertiroidismo para que se ordenem as moléculas hormonais, e que se organize a fixação de cálcio nos ossos.

Indicações para Terapêutica Cirúrgica
              Todos os doentes com manifestações clássicas de HPTP, nomeadamente nefrolitíase, osteíte fibrosa quística ou doença neuromuscular têm indicação cirúrgica. No entanto, e porque atualmente cerca de80% dos doentes é assintomática, a paratiroidectomia não é o tratamento de escolha em todos os casos, apesar de ser a única terapêutica curativa. Além desses cuidados, também convém lembrar que os hábitos alimentares de pessoas com esses problemas, devem ser mudados. Tratamentos cirúrgicos podem piorar a situação caso o problema glandular não tenha sido solucionado. Muitas vezes esse não é o caminho. A fisioterapia pode auxiliar em relação á postura e ao alívio dos quadros dolorosos. Hidroterapia é muito bem indicada nesses casos, com exercícios de baixo impacto.

Bons Estudos!
Morte Celular por Apoptose

               Apoptose, ou morte celular programada, é um processo essencial para a manutenção do desenvolvimento dos seres vivos, sendo importante para eliminar células supérfluas ou defeituosas. Durante a apoptose, a célula sofre alterações morfológicas características desse tipo de morte celular. Tais alterações incluem a retração da célula, perda de aderência com a matriz extracelular e células vizinhas, condensação da cromatina, fragmentação internucleossômica do DNA e formação dos corpos apoptóticos. 
               Muitas são as moléculas envolvidas no controle das vias de ativação da apoptose, dentre estas, as proteínas antiapoptóticas e pró-apoptóticas, além das caspases. Esse fenômeno biológico, além de desempenhar um papel importante no controle de diversos processos vitais, está associado a inúmeras doenças, como o câncer. A compreensão dos mecanismos apoptóticos permitiu o desenvolvimento de novas estratégias no tratamento do câncer. Tais estratégias são embasadas na indução da morte nas células tumorais e em uma maior resposta aos tratamentos com radiação e agentes citotóxicos.




              Nos podemos observar a apoptose de vários tipos de células pois todas elas já nascem sabendo o dia que deveram morrer... As células que passam por esse processo são absorvidas pelo próprio organismo, esse fenômeno é essencial para a manutenção e regulação do nosso corpo.



               Não é difícil de observamos apoptose é nossa sociedade, pois existem vários sinônimos para esse fenômeno e um desses é chamado de homens bomba, essas células da nossa sociedade já nascem treinadas para esse propósito.



              A célula no caso o homem e a bomba que fará o papel dessa ativação, com um intuito não só de destruição da célula programada, mas infelizmente causa a morte de celular vizinha onde tal desastre afeta todo um sistema com difíceis recuperações.


               Tentamos remediar essas ativações desses tais homens bomba, mas, no entanto eles agem por um propósito que não trará benefícios para a sociedade.

              Hoje sabemos que a apoptose é um processo natural de corpo, onde exercem uma manutenção e equilíbrio dos sistemas orgânicos, tornados capazes de uma renovação melhor, pois entraram ou não novas células que ocuparam esse lugar destas tais células defeituosas. Agindo assim o nosso organismo elimina essas células que não tem utilidade para o corpo e reaproveitam algo delas Como fluidos, enzimas, membranas, entre outros.
              Mas no caso da sociedade não se pode reaproveitar nada, pois quando ocorre uma morte por homem bomba o que fica é apenas desastre e uma lição que poucos aprendem, que muitas vezes a destruição sem a reconstrução trás danos irreparáveis ao sistema pois todos estão interligados. E agindo dessa forma todo o sistema(a sociedade) terá um fim mais próximo...



sábado, 21 de agosto de 2010

Necrose Coagulativa

           Necrose coagulativa implica a preservação do esquema básico da célula coagulado para um intervalo de pelo menos alguns dias. Os tecidos afetados apresentam uma textura firme. a lesão ou o subsequente aumento da acidez intracelular desnatura não só as proteínas estruturais , mas também as enzimas e assim bloqueia a proteólise da célula.



           O infarto do miocárdio é um excelente exemplo em que acidófilas, coagulado, células anucleadas pode persistir por semanas. Finalmente, o miocárdio células necróticas são removidas pela fragmentação e fagocitose dos restos celulares por catadores de leucócitos e pela ação de enzimas proteolíticas lisossômicas enzimas trazidos pelos glóbulos brancos do imigrante.



         
           O processo de necrose de coagulação , com preservação da arquitetura do tecido geral, é uma característica de morte hipóxica das células em todos os tecidos, exceto o cérebro.

Necrose por Liquefação.

            Necrose por liquefação: o tecido necrótico fica limitado a uma região, geralmente captaria, havendo a presença de grande quantidade de neutrófilos e outras células inflamatórias (os quais originam o pus). É comum em infecções bacterianas. Pode ser observada nos abscessos e no sistema nervoso central, bem como em algumas neoplasias malignas.
            Fora do corpo também encontramos necroses por liquefação, vou mostra pra vocês! É comum estudar uma necrose observando uma lamina de microscópio, mas vamos olhar a olho nu uma necrose, e ver que a vida ao nosso redor tem muito a ensinar e principalmente com os nossos próprios erros! Imagine uma área limitada... em uma determinada região com seu ecossistema atuando normalmente... estão visualizando? Agora pensem num grupo de bactérias ruins que existem na terra com algumas pessoas sem consciência dos seus atos... agora pensem num lindo lago...



           Tudo aquilo que você imaginou é mais ou menos assim? Um que bom, mas é uma pena ver tudo isso ser destruído...

          A bactéria (o homem) sem escrúpulos, suga tudo que o organismo tem para oferecer (a Terra), deixando apenas uma área devastada e sem reutilização, onde só é possível fazer uma desabitação do lugar. Após uma forte depredação do local onde a bactéria se instala, veja como fica!


           O que podemos observar é uma tentativa em vão dos neutrófilos para tentarem restabelecer a antiga condição do pequeno ecossistema que você imaginou... mas não é eficaz pois eles sempre morrem e assim muito dificilmente coletam o que é ruim...


          As necroses por liquefação podem ser causadas por: bactérias, parasitas dentre outros fatores, na maioria das vezes não se pode prevenir esse tipo de necrose microscópica, mas existem exemplos que podemos evitar... não cause no planeta pois ele é uma organismo vivo!!!


Bons Estudos.

sábado, 14 de agosto de 2010

Como se da a Lesão Célular.

Embora nós vivamos em um ambiente sujeito a amplas variações nas suas condições, com extremos de temperatura, umidade do ar, pressão de O2, qualidade do ar, etc., o ambiente interno em que as células estão, sofre pequenas alterações. Isto porque somos dotados de mecanismos de proteção e regulação que por exemplo aquecem o ar frio que inalamos, umedece o ar seco e mantém o fluxo sangüíneo dentro de limites ideais.
Pequenas variações, como por exemplo pequenas oscilações da oferta de glicose são toleradas sem prejuízo para as células, que permanecem integras funcional e morfologicamente (homeostase).
Em algumas situações, como uma demanda por maior trabalho das fibras musculares, pode ocorrer adaptação celular, neste caso hipertrofia. Estas adaptações podem ocorrer em situações normais como a gravidez (hiperplasia dos ácinos mamários), menopausa (atrofia do endométrio) ou situações anormais, como ocorre na hipertensão arterial, por causa do aumento da resistência vascular periférica e que produz hipertrofia cardíaca. Caso este estímulo nocivo seja mais intenso ou mais prolongado, a capacidade adaptativa da célula é excedida e ocorre lesão celular.

Esta lesão celular pode ser reversível ou irreversível.

A lesão celular reversível ocorre quando a célula agredida pelo estímulo nocivo sofre alterações funcionais e morfológicas, porém mantém-se viva, recuperando-se quando o estímulo nocivo é retirado ou cessa.

A lesão celular é irreversível quando a célula torna-se incapaz de recuperar-se depois de cessada a agressão, caminhando para a morte celular.


Causas de lesão celular

1) Privação de oxigênio (hipóxia ou anóxia) - asfixia, altitudes extremas
2) Isquemia - obstrução arterial.
3) Agentes físicos - trauma mecânico, queimaduras, radiação solar, choque elétrico.
4) Agentes químicos - álcool, medicamentos, poluentes ambientais, venenos, drogas ilícitas.
5) Agentes infecciosos - vírus, bactérias, fungos.
6) Reações imunológicas - doenças auto-imunes, reação anafilática.
7) Defeitos genéticos - anemia falciforme.
8) Alterações nutricionais - obesidade, mal-nutrição.

Mecanismos de lesão celular

Princípios:
1) A resposta celular depende do tipo da agressão, sua duração e sua intensidade
2) As conseqüências da agressão à célula dependem do tipo celular, estado e adaptabilidade da célula agredida.
3) As lesões celulares causam alterações bioquímicas e funcionais em um ou mais componentes celulares.
    a) respiração aeróbia
    b) membranas celulares
    c) síntese protéica
    d) citoesqueleto
    e) aparato genético da célula

Mecanismos
1 - Depleção do ATP
2 - Lesão mitocondrial
3 - Influxo de cálcio para o citosol e perda da homeostase do cálcio
4 - Acúmulo de radicais livres do oxigênio
5 - Defeitos na permeabilidade das membranas

Quando há depleção do ATP (por anóxia, isquemia, envenenamento), a falta de energia produz falha das bombas de sódio e potássio, que são localizadas na membrana celular. Com isto há entrada de Na e água e saída de K, produzindo edema intracelular.
A célula então inicia glicólise anaeróbia, que é menos eficiente, gerando menos energia, produzindo substâncias ácidas (ácido lático, fosfatos inorgânicos) e exaurindo os depósitos celulares de glicogênio. Com isto há queda do pH intracelular.
A falha na bomba de Cálcio faz com que o cálcio comece a se acumular no citosol, ativando enzimas tais como as proteases, ATPases, endonucleases e outras, que causam destruição de componentes importantes da célula (proteínas, ATP, ácidos nucléicos,membranas), podendo levar à morte celular.
O retículo endoplasmático rugoso começa a perder os seus ribossomos, ocorrendo prejuízo ou parada da produção de proteínas (estruturais e funcionais), o que pode culminar na morte da célula.

Lesão mitocondrial
Lesões celulares freqüentemente são acompanhadas por alterações morfológicas das mitocôndrias. As mitocôndrias são lesadas por diversos mecanismos, tais como perda da homeostase do cálcio, cuja concentração aumenta no citosol, stress oxidativo e fragmentação dos fosfolipídios. O aparecimento de poros na membrana mitocondrial pode levar à morte da célula.

Influxo de cálcio para o citosol e perda da homeostase do cálcio
A homeostase do cálcio é indispensável para a manutenção das funções celulares. A falência da bomba de cálcio promove a sua entrada para a célula e seu acúmulo no citoplasma, além do seu escape das mitocôndrias e  do retículo endoplasmático para o citosol. O cálcio promove a ativação de diversas enzimas. Estas enzimas ativadas promovem a inativação do ATP (ATPases), lise das membranas celulares (fosfolipases), lise das proteínas estruturais e das membranas (proteases) e fragmentação da cromatina (endonucleases).

Acúmulo de radicais livres do oxigênio
Como conseqüência do metabolismo celular normalmente há formação de pequena quantidade de radicais livres, que tem potencial lesivo para as células. Estas possuem mecanismos de defesa que evitam danos por estes radicais livres (vitamina C, catalase, super óxido-dismutases, glutation peroxidase, ferritina, ceruloplasmina). Porém um desequilíbrio neste sistema (aumento da formação e/ou diminuição da inativação) pode levar a lesões celulares. Há diversos mecanismos para formação destes radicais livres: absorção de radiação ionizante, metabolismo de determinadas drogas, geração de óxido nítrico (NO) e outros. As conseqüências desta agressão por radicais livres são diversas, mas as principais são: peroxidação dos lipídios das membranas, oxidação de proteínas e lesões do DNA.

Defeitos na permeabilidade das membranas
A perda da permeabilidade seletiva das membranas celular, mitocondrial, lisossomal, causa uma série de transtornos à célula, permitindo a entrada ou escape de substâncias. Esta lesão pode ser causada por falta de energia (isquemia) ou por lesão direta por toxinas, vírus, substâncias químicas, fragmentos do complemento, etc. Os mecanismos bioquímicos envolvidos são: disfunção mitocondrial, perda de fosfolipídios das membranas, anormalidades no citoesqueleto, radicais livres, subprodutos da fragmentação dos lipídios.

As lesões celulares reversíveis podem levar à inchação da célula (edema celular) ou ao acúmulo de gordura (esteatose).

O edema intracelular ocorre quando a célula é incapaz de manter o seu equilíbrio iônico, ocorrendo entrada e acúmulo de sódio e água na célula. Ao microscópio ótico nota-se aumento do tamanho da célula, que geralmente torna-se arredondada e com citoplasma pálido, às vezes percebendo-se pequenos vacúolos. O núcleo mantém-se na sua posição normal. Ocorre princialmente nas células tubulares renais e nas células miocárdicas. Macroscopicamente o órgão acha-se com peso e volume aumentados, pálido e túrgido.

A esteatose ocorre por hipóxia, agressão por toxinas ou alterações metabólicas. Neste caso formam-se vacúolos pequenos ou grandes de gordura no citoplasma, que podem deslocar o núcleo para a periferia da célula. Ocorre principalmente nos hepatócitos e células miocárdicas. Macroscopicamente o órgão acha-se com peso e volume aumentados, mole, amarelado.

As lesões celulares irreversíveis levam à morte da célula por um de dois possíveis mecanismos: necrose ou apoptose.

Pode-se definir necrose como as alterações que ocorrem após a morte celular em um organismo vivo. É sempre patológica e habitualmente provoca inflamação no local afetado. Estas alterações podem ser inicialmente vistas ao microscópio eletrônico, posteriormente ao microscópio ótico e finalmente a olho nu.

Lesão Célular Relacionada à Cirrose.

           Como o álcool pode ser tão degenerativo com as celular hepáticas? É simples, o nosso figado ele é adaptado a degradar substâncias diversas, até substâncias químicas como medicamentos e o proprio álcool mas isso deve ocorrer de forma gradativa onde a exposição a essas substâncias devem ser controladas, como num tratamento medicamentoso que é sobe prescrissão medica, mesmo esses devem ser tomados de forma controlada e acompanhada por profissionais capacitados, mas vamos falar sobre o nosso fígado como eu tinha dito ele tem a capacidade de destruir o álcool, porque possui enzimas que o transformam em outras substâncias, por exemplo, o acetaldeído. Acontece que, quando o álcool é ingerido em quantidades maiores, começam a aparecer lesões nas células hepáticas. Obviamente, se o indivíduo bebe todos os dias e há muito tempo, a recuperação celular fica mais difícil e o metabolismo do álcool é comprometido.
           Um dos motivos da degeneração e consequentimente lesão célular é uma desidratação das células por conta do álcool, que acaba matando a célula, lembrando que as células do nosso corpo tem uma morte natural e programada onde outras células jovens surgem, mas no caso da ingesta de bebidas alcoolicas com uma frequencia maior não só mata as células mas tambem destroem as novas estruturas celulares que iram surgir, assim aquele abito de achar que uma dose diaria de álcool é comum vai acabar pois novos estudos mostran que por mais que seja minina a ingesta a longo praso faz o mesmo mal.
           Por isso temos que lembra aos bebedores frequentes que o nosso fígado ele tem uma capacidade de metabolizar 80 gramas de álcool dia, que é o equivalente à três cervejas de 600ml, um copo americano e meio de cachaça, duas taças e meia de vinho e duas doses de Wisky. Fazem com que seu fígado esteja trabalhando no limite para o metabolismo do álcool. A quantidade faz a diferença na degeneração das células mas é na frequencia com que se bebe que é um dos principais fatores da destruição das células. Não se tem uma media para se ingerir álcool, pois cada organismo é unico em sua conformação célular o que se deve ter é consciencia.